é um blog de apoio à escola, embora quase ninguém o use para isso...todos os alunos têm um e é um projecto a ser desenvolvido nas aulas de Área de Projecto por todos os 8º anos da E.B.I. de Vila Cova.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Kathy Beth Terry
Já conheces a Kathy Beth Terry? É uma personagem inventada pela Katy Perry, que já tem direito a página de Facebook e tudo. Clica aqui para veres e torna-te amiga desta rapariga que se veste como uma “nerd” dos anos 80 e que quer ser popular! Esta imagem surgiu com o lançamento do single “Last Friday Night (T.G.I.F)”, da Katy Perry.
Concurso de Fotografia
Titus Viana
André Miranda
Ana Matos
Resultado do Concurso de Fotografia:
André Miranda (8º B) - 25 votos
Titus Viana (8º A) - 23 votos
Ana Matos (8º C) - 22 votos
André Miranda
Ana Matos
Resultado do Concurso de Fotografia:
O Diabo Veste Prada
Título: O Diabo Veste Prada
Autor: Lauren Weisberger
Editor: Editorial Presença
Local e Data: Lisboa, Maio 2004
A personagem que mais me marcou foram a Miranda Priestly, pois sempre se mostrou fria e insensível, mas, no fim, acabou por se mostrar uma mulher compreensível e muito sensível.
A passagem que mais me marcou foi quando a Andrea tinha muitas coisas para fazer ao mesmo tempo e não tinha tempo de fazer tudo.
Comentário: Gostei muito do livro. Faz-nos pensar em como as pessoas não se relacionam no seu dia-a-dia de trabalho.
Autor: Lauren Weisberger
Editor: Editorial Presença
Local e Data: Lisboa, Maio 2004
A personagem que mais me marcou foram a Miranda Priestly, pois sempre se mostrou fria e insensível, mas, no fim, acabou por se mostrar uma mulher compreensível e muito sensível.
A passagem que mais me marcou foi quando a Andrea tinha muitas coisas para fazer ao mesmo tempo e não tinha tempo de fazer tudo.
Comentário: Gostei muito do livro. Faz-nos pensar em como as pessoas não se relacionam no seu dia-a-dia de trabalho.
O texto lírico: escrever à maneire de... Miguel Torga
A vida é feita de nadas!
Um raio de sol na madrugada...
Um reflexo brilhante da luz no gelo...
O calor do fogo que aquece almas e vidas.
A vida é feita de pequenos nadas!
A vida é feita de liberdade,
De tristezas e alegrias,
De lágrimas e sorrisos...
De suor,
De sangue.
Dos pensamentos, dos sentimentos,
Dos desejos, dos sonhos,
Das pequenas acções que fazem toda a diferença.
De doces sabores.
A vida é feita de histórias e de poesia...
Do céu azul e infinito
Do cheiro da relva acabada de cortar.
A vida é feita de leituras.
De pequenos beijos roubados,
De nadas que nada são...
Porque a vida é feita de nadas
Que nada são e nada temem!
Ana Dias nº2
Inês Faria nº12
Um raio de sol na madrugada...
Um reflexo brilhante da luz no gelo...
O calor do fogo que aquece almas e vidas.
A vida é feita de pequenos nadas!
A vida é feita de liberdade,
De tristezas e alegrias,
De lágrimas e sorrisos...
De suor,
De sangue.
Dos pensamentos, dos sentimentos,
Dos desejos, dos sonhos,
Das pequenas acções que fazem toda a diferença.
De doces sabores.
A vida é feita de histórias e de poesia...
Do céu azul e infinito
Do cheiro da relva acabada de cortar.
A vida é feita de leituras.
De pequenos beijos roubados,
De nadas que nada são...
Porque a vida é feita de nadas
Que nada são e nada temem!
Ana Dias nº2
Inês Faria nº12
quinta-feira, 2 de junho de 2011
A Bandeira Portuguesa
A Bandeira Nacional está dividida em duas partes por uma linha vertical.
A primeira parte é verde e constitui 2/5 da bandeira.
A segunda parte é vermelha e constitui 3/5 da bandeira.
No centro da linha vertical encontra-se um escudo com 7 castelos e 5 quinas a azul.
Á volta do escudo existe a esfera armilar a amarelo.
SIMBOLOGIA
As 5 quinas | Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por D. Afonso Henriques na batalha de Ourique. |
Os 5 pontos brancos dentro de cada quina | Representam as 5 chagas de Cristo. |
Os 7 castelos | Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros. |
A esfera armilar | Representa o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio. |
O verde | Simboliza a esperança. |
O vermelho | Simboliza a coragem e o sangue dos portugueses mortos em combate. |
O texto lírico: escrever à maneira de... Sophia (poema original)
[Sophia de Mello Breyner Andresen, in O Nome das Coisas]
O texto lírico: escrever à maneire de... Sophia
Sei que seria possível construir um mundo justo,
Mas os Homens têm fome de guerra.
Sei que podemos ser tratados como iguais,
Mas os Homens procuram as diferenças.
Sei que se nos juntarmos podemos tornar o mundo num lugar melhor,
Mas os Homens não encontram entre si união.
Sei que podemos colocar amor em tudo à nossa volta,
Mas os Homens não sabem amar o que os rodeia.
Sei que podemos ser todos ricos e felizes,
Mas os Homens só partilham tristezas e ódios.
Sei que podemos ter todos que comer,
Mas a inveja dos Homens não permite isso.
Sei que conseguimos ajudar-nos uns aos outros,
Mas os Homens amam e não amam.
Sei que conseguimos fazer milagres se acreditarmos neles,
Mas os Homens não sonham.
Sei que está ao nosso alcançe o fim das violências,
Mas os Homens têm sede de sangue.
A fome e a sede serão saciadas,
As diferenças esquecidas.
Os Homens aprenderão a amar,
Partilharão riquezas e alegrias.
A inveja será ultrapassada,
Os Homens começarão a alcançar os sonhos.
E juntos, construiremos um mundo justo.
Ana Dias nº2
Inês Faria nº12
Mas os Homens têm fome de guerra.
Sei que podemos ser tratados como iguais,
Mas os Homens procuram as diferenças.
Sei que se nos juntarmos podemos tornar o mundo num lugar melhor,
Mas os Homens não encontram entre si união.
Sei que podemos colocar amor em tudo à nossa volta,
Mas os Homens não sabem amar o que os rodeia.
Sei que podemos ser todos ricos e felizes,
Mas os Homens só partilham tristezas e ódios.
Sei que podemos ter todos que comer,
Mas a inveja dos Homens não permite isso.
Sei que conseguimos ajudar-nos uns aos outros,
Mas os Homens amam e não amam.
Sei que conseguimos fazer milagres se acreditarmos neles,
Mas os Homens não sonham.
Sei que está ao nosso alcançe o fim das violências,
Mas os Homens têm sede de sangue.
A fome e a sede serão saciadas,
As diferenças esquecidas.
Os Homens aprenderão a amar,
Partilharão riquezas e alegrias.
A inveja será ultrapassada,
Os Homens começarão a alcançar os sonhos.
E juntos, construiremos um mundo justo.
Ana Dias nº2
Inês Faria nº12
quinta-feira, 28 de abril de 2011
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
Poema do Silêncio
Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.
Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.
Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
- Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!
Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...
O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.
Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!
Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.
Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!
Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.
Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!
Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.
Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...
Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...
Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.
José Régio, in 'As Encruzilhadas de Deus'
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.
Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.
Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
- Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!
Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...
O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.
Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!
Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.
Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!
Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.
Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!
Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.
Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...
Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...
Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.
José Régio, in 'As Encruzilhadas de Deus'
Anjo És
Anjo és tu, que esse poder
Jamais o teve mulher,
Jamais o há-de ter em mim.
Anjo és, que me domina
Teu ser o meu ser sem fim;
Minha razão insolente
Ao teu capricho se inclina,
E minha alma forte, ardente,
Que nenhum jugo respeita,
Covardemente sujeita
Anda humilde a teu poder.
Anjo és tu, não és mulher.
Anjo és. Mas que anjo és tu?
Em tua fronte anuviada
Não vejo a c'roa nevada
Das alvas rosas do céu.
Em teu seio ardente e nu
Não vejo ondear o véu
Com que o sôfrego pudor
Vela os mistérios d'amor.
Teus olhos têm negra a cor,
Cor de noite sem estrela;
A chama é vivaz e é bela,
Mas luz não têm. - Que anjo és tu?
Em nome de quem vieste?
Paz ou guerra me trouxeste
De Jeová ou Belzebu?
Não respondes - e em teus braços
Com frenéticos abraços
Me tens apertado, estreito!...
Isto que me cai no peito
Que foi?... - Lágrima? - Escaldou-me...
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me,
Dou-me a ti, anjo maldito,
Que este ardor que me devora
É já fogo de precito,
Fogo eterno, que em má hora
Trouxeste de lá... De donde?
Em que mistérios se esconde
Teu fatal, estranho ser!
Anjo és tu ou és mulher?
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Jamais o teve mulher,
Jamais o há-de ter em mim.
Anjo és, que me domina
Teu ser o meu ser sem fim;
Minha razão insolente
Ao teu capricho se inclina,
E minha alma forte, ardente,
Que nenhum jugo respeita,
Covardemente sujeita
Anda humilde a teu poder.
Anjo és tu, não és mulher.
Anjo és. Mas que anjo és tu?
Em tua fronte anuviada
Não vejo a c'roa nevada
Das alvas rosas do céu.
Em teu seio ardente e nu
Não vejo ondear o véu
Com que o sôfrego pudor
Vela os mistérios d'amor.
Teus olhos têm negra a cor,
Cor de noite sem estrela;
A chama é vivaz e é bela,
Mas luz não têm. - Que anjo és tu?
Em nome de quem vieste?
Paz ou guerra me trouxeste
De Jeová ou Belzebu?
Não respondes - e em teus braços
Com frenéticos abraços
Me tens apertado, estreito!...
Isto que me cai no peito
Que foi?... - Lágrima? - Escaldou-me...
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me,
Dou-me a ti, anjo maldito,
Que este ardor que me devora
É já fogo de precito,
Fogo eterno, que em má hora
Trouxeste de lá... De donde?
Em que mistérios se esconde
Teu fatal, estranho ser!
Anjo és tu ou és mulher?
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Não Te Amo
Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma.
E eu n’alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
E eu n’alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Bibliografia de Destaque de Almeida Garrett
"O Retrato de Vénus" (1821), "O Toucador" (1822), "Catão" (1822), "Camões" (1825), "Dona Branca" (1826), "O Cronista" (1827), "Adozinda" (1828), "Lírica de João Mínimo" (1829), "O tratado da Educação" (1829), "Portugal na Balança da Europa" (1830), "Um Auto de Gil Vicente" (1838), "D. Filipa de Vilhena" (1840), "O Alfageme de Santarém" (1842), "Romanceiro e Cancioneiro Geral" tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851), "Frei Luís da Sousa" (1843), "Flores sem fruto" (1845), "O Arco de Sant'Ana" (1845), "Viagens na Minha Terra" (1845), "As profecias do Bandarra" (1848), "Um Noivado no Dafundo" (1848), "A sobrinha do Marquês" (1848), "Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira" (1849), "Folhas Caídas" (1853), "Fábulas e Folhas Caídas" (1853).
Almeida Garrett - Biografia
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nasceu no Porto em 1799.
Em 1809 partiu para a ilha Terceira devido às invasões francesas. Em 1816 foi estudar para a Universidade de Coimbra em 1816, frequentando o Curso de Direito.
As suas influências liberais datam dessa época, no contacto com outros universitários.
Em 1821 editou a sua primeira obra, o poema "O Retrato de Vénus", que foi considerado ultrajante pela censura, tendo Garrett sido obrigado a comparecer a tribunal.
Foi também no ano de 1821 que subiu ao palco a sua tragédia "Catão", drama construído à maneira clássica.
Com a Vila Francada, exilou se em Inglaterra em 1823, onde entrou em contacto com a literatura romântica.
Em 1825 publicou em Paris "Camões", obra marcante para o Romantismo português.
Em 1826 publicou "Dona Branca". Após a guerra civil, foi nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estudou a língua e a literatura alemãs.
Regressou a Portugal em 1836 e Passos Manuel encarregou o de reorganizar o teatro nacional, nomeando o inspector dos teatros.
Além da actividade política e legislativa, Garrett continuou sempre trabalhando na sua obra e escreveu para o Teatro "Um auto de Gil Vicente" em 1838, "D. Filipa de Vilhena" em 1840 e "O Alfageme de Santarém" em 1842.
Garrett foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspector geral dos teatros.
Esta terá sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária: em 1843 publicou "Frei Luis de Sousa", em 1845 "As Viagens na Minha Terra" e "As Flores sem Fruto", e "Folhas Caídas", que data de 1853, embora tenha sido escrito antes.
O triunfo do movimento político da Regeneração (1851), trouxe Garrett à política activa.
Fundou um novo jornal, a que chamou A Regeneração.
Devido ao seu temperamento e espírito independente saiu em 1853 do governo regenerador.
Regressou então à escrita, iniciando um novo romance, "Helena", que não chegou a concluir pois faleceu em 1854.
Como romancista, Garrett é considerado o criador da prosa moderna em Portugal.
Na poesia, foi dos primeiros a libertar se dos cânones clássicos e a introduzir em Portugal a nova estética romântica.
Em 1809 partiu para a ilha Terceira devido às invasões francesas. Em 1816 foi estudar para a Universidade de Coimbra em 1816, frequentando o Curso de Direito.
As suas influências liberais datam dessa época, no contacto com outros universitários.
Em 1821 editou a sua primeira obra, o poema "O Retrato de Vénus", que foi considerado ultrajante pela censura, tendo Garrett sido obrigado a comparecer a tribunal.
Foi também no ano de 1821 que subiu ao palco a sua tragédia "Catão", drama construído à maneira clássica.
Com a Vila Francada, exilou se em Inglaterra em 1823, onde entrou em contacto com a literatura romântica.
Em 1825 publicou em Paris "Camões", obra marcante para o Romantismo português.
Em 1826 publicou "Dona Branca". Após a guerra civil, foi nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estudou a língua e a literatura alemãs.
Regressou a Portugal em 1836 e Passos Manuel encarregou o de reorganizar o teatro nacional, nomeando o inspector dos teatros.
Além da actividade política e legislativa, Garrett continuou sempre trabalhando na sua obra e escreveu para o Teatro "Um auto de Gil Vicente" em 1838, "D. Filipa de Vilhena" em 1840 e "O Alfageme de Santarém" em 1842.
Garrett foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspector geral dos teatros.
Esta terá sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária: em 1843 publicou "Frei Luis de Sousa", em 1845 "As Viagens na Minha Terra" e "As Flores sem Fruto", e "Folhas Caídas", que data de 1853, embora tenha sido escrito antes.
O triunfo do movimento político da Regeneração (1851), trouxe Garrett à política activa.
Fundou um novo jornal, a que chamou A Regeneração.
Devido ao seu temperamento e espírito independente saiu em 1853 do governo regenerador.
Regressou então à escrita, iniciando um novo romance, "Helena", que não chegou a concluir pois faleceu em 1854.
Como romancista, Garrett é considerado o criador da prosa moderna em Portugal.
Na poesia, foi dos primeiros a libertar se dos cânones clássicos e a introduzir em Portugal a nova estética romântica.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
O ser e o sentir do nada
Sem saber sobre que escrever
Escreverei sobre nada.
Aquele nada que preenche corações,
Um nada que tudo preenche.
E preenchidos de nada pensamos que
Sem fazer nada, tudo faremos,
Sem dizer nada, tudo diremos,
Sem sentir nada, tudo sentiremos...
Pois a vida é feita de muitas nadas,
Uma nada que preenche,
Nada que nos observa
Apanhando-nos desprevenidos,
Apodera-se de nós humanos vulneráveis,
Pois nada podemos fazer,
Nada podemos dizer,
Nada podemos sentir,
Enquanto dentro de nós for nada.
Libertaremos esse nada de nós,
Para ele se apoderar do corpo doutro.
Enviaremos as nossas fraquezas para outros.
Serão eles as vítimas do nada,
Do vazio...
Mas voltará tudo a nós,
Pois nada podemos fazer,
Enquanto nada fizermos,
O nada apoderar-se-á de nós.
Ficamos sem palavras,
Porque nada se passa na nossa cabeça.
Deixamos de sentir,
Porque nada está no nosso coração.
Pensam os humanos
Que tudo está ao seu alcance,
Que podem arranjar cura para tudo.
Mas o nada ainda habita em nós,
Mesmo que seja nas profundezas dos corações.
Os amantes, nada amam...
E os sensíveis, nada sentem...
Pois tudo não passa de uma ilusão
Iludidos pelo nada,
Deixamos de ver,
Deixamos de sentir,
Deixamos de agir...
Acreditam os humanos que são seres superiores
Sem nunca antes terem tentado ser outro ser
Porque nada é nada.
E nada é o ser comparado a saber ser.
Nada é o ser comparado a seres que sabem ser.
E ao ser humano o nada encolhe com medo.
Não do ser humano mas do ser,
Porque quem não sabe ser humano
E mesmo assim humano seja
Ficará condenado a uma vida de nada,
Com aquele nada que preenche tudo
Sem nada preencher.
Nada que corre.
Nada que voa.
Nada que persegue as suas vítimas,
Seres humanos que não sabem ser,
Porque nada apenas tem medo de ser,
De saber ser.
E nada terá uma vida que nada saiba.
Pois nada é tudo.
E mesmo o ser humano que sabe ser
Terá nada no coração,
Nada na cabeça,
Nada na alma.
Porque nada é o que nos faz agir,
Nada é o que nos faz amar,
Nada é o que nos faz sentir.
Ao tentar combater o nada agiremos,
Amaremos, sentiremos.
Até que o nada fique reduzido...
Para voltar ao ativo
Sempre que a desilusão preencha
O espaço por nada deixado.
E nada é mais forte que desilusão.
Então o nada voltará ao nosso coração.
E de repente volta a ignorância do ser.
E nada faremos, nada diremos, nada sentiremos.
Pois nada é nada e nada é tudo.
E sem nada, nada seríamos...
Inês Faria
Inês Faria
Temo, Lídia, o Destino. Nada é Certo
Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.
Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.
Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.
Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.
Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Violência
Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objecto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado.
Cântico Negro
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "Vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "Vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "Vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "Vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "Vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "Vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Para a Fátima
A Fátima é uma rapariga espetacular que se mudou e deixou a nossa escola...
Ficha de Leitura
Título: Anjo Caído
Autor: Lauren Kate
Editor: Planeta
Local e Data: Lisboa, Outubro de 2010
As personagens que mais me marcaram foram a Arriane e a Pennyweather porque a Arriane era uma rapariga muito rebelde, mas mostrou que conseguia fazer as coisas com calma e ter atitudes corretas e a Pennyweather porque era a única pessoa que estava no reformatório sem ser mandada para lá por um psiquiatra e morreu por Luce sem saber exatamente o que se passava com a Luce, o Daniel, a Arriane, a Gabbe, a Molly, o Roland e o Cam.
A passagem que mais me marcou foi quando a Dona Sophia, a bibliotecária matou a Pennyweather e ia matar a Luce, mas não conseguiu porque o Daniel, a Gabbe e a Arriane a foram salvar. Também gostei da parte em que o Todd e a Luce estavam no meio do incêndio da biblioteca e a Luce viu as sombras e ao tentarem fugir da biblioteca tropeçaram numas escadas e separaram-se e a Luce desmaiou por causa do fumo e o Todd partiu o pescoço na queda e depois o Daniel foi buscar a Luce.
Comentário: Gostei muito do livro, é um livro que envolve mistério, fantasia e uma escola para pessoas com problemas mentais, uns matam pessoas em incêndios, outros cortam os pais às fatias... são mandados para a escola por psiquiatras e pela polícia, tirando a parte fictícia é outra realidade que nós desconhecemos.
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